domingo, 9 de agosto de 2015

Ao Pai, com carinho!


O Segundo domingo de Agosto marca uma data celebrada por muitas pessoas, em determinados lugares e culturas do mundo. Nesse dia é celebrado o dia dos Pais. Mais o que significa ser um Pai? O que faz/transforma um homem em um pai? Qual sua importância na formação de uma criança?

Fui criada em uma família dominada por mulheres, onde a única figura masculina que tive em minha vida foi a de meu irmão mais velho: José Maria. No entanto, não ter possuído a figura fixa de um pai me deu a oportunidade de escolher um pai que honrasse o título e eu tive alguns ao longo de minha vida. Eu comecei a “adotar” um pai, aquele que se encaixasse no modelo de pai.

O primeiro foi papai Nicodemus. Ele era colega de serviço de Mamãe Rosário e padrinho de crisma de Zé Maria (que por um acaso, nunca se crismou!), eu tinha dois anos quando o vi pela primeira vez e, reza a lenda que eu o chamei de pai assim que o vi. E ele me adotou em seu coração assim como eu a ele. Foi amor à primeira vista.

Ele era lindo! Ele devia ser uns 1,65 de altura, uns olhos expressivos e um sorriso carismático e apaixonante. Adorava vê-lo sorrir e abraçá-lo me dava uma sensação de segurança, felicidade e calma, além de sentir sua barba por fazer picotando meu rosto (era uma sensação maravilhosa). Lembro que mamãe Rosário me contou que a esposa dele desconfiava que eu fosse sua filha legítima e um dia, quando estava com ela no serviço ela coincidentemente apareceu e me viu, suas dúvidas a esse respeito acabaram, não tinha como ser: meu pai Nicodemus era negro, como mamãe Bebel, minha mãe biológica (só pra quem não sabe, tenho duas mães!).

Certo dia, recebemos uma ligação de outro amigo de mamãe Rosário, que lhe comunicava que ele havia morrido: complicações da diabetes. Fui ao seu velório acompanhado dela e ao adentrar a casa vi minha foto na sala, em local de destaque, uma que eu havia dado a ele quando eu fiz sete anos. Vê-lo dentro daquele caixão, deitado e sem vida foi muito triste, pela primeira vez me senti órfã de pai aos quatorze anos. Havia perdido o homem que me ensinou a sorrir e que me acompanhava sempre que podia, eu o amo e o amarei por toda a minha vida!

Existiram também os pais adotados transitórios e nessa “jogada”, até o pai de Perla entrou. Tem aquele que mamãe escolheu como companheiro dela e que recebeu suas filhas com carinho: Tio Zeca. Do tipo calado, foi presença constante ao longo de 23 anos da minha vida e tenho um carinho muito grande por ele, pois é um avô para Maria Antonia.

Aos dezoito anos, em pleno terceiro ano, Liceu Maranhense, ano de vestibular, decisão pra vida toda e eu não sabia o que eu queria fazer. Não tinha nenhum talento especial e não gostava de nada o suficiente pra decidir fazer aquilo por toda a minha vida.

Mais eis que eu o conheci, o cara que ia mudar os meus parâmetros para o resto da vida: Deurivan. Ele foi simplesmente o melhor professor de História que eu já tive, ele me inspirou ao ponto de querer ser igual a ele e a forma que encontrei foi sendo historiadora como ele. Então, desde 2002 até 2006 todo vestibular prestado até passar eu fiz pra História e agora, prestando ENEM, novamente escolhi História, por que eu tive alguém que me inspirou para querer fazer o melhor e me mostrou que a educação, tanto formal quanto a moral e a ética, podem inspirar as pessoas.

Ele se tornou meu modelo e meu pai também. Isso por que eu me pareço (um pouco) fisicamente com ele e todos achavam que ele era o meu pai. Então um dia ele me falou: - Isabella, se outro me perguntar se tu és minha filha eu vou te assumir. Dez minutos depois um colega nosso (Historiador), perguntou se eu era filha dele e eu me lembro dele me abraçar de lado, sorrir e disser que sim: foi um dia feliz. Desde então ele tem sido meu pai. Minha mãe Rosário certa vez, quando eu o apresentei a ela: - Esse rapaz é bonito minha filha. E educado também. E ele parece um índio! Agora eu sei por que tu queres tanto fazer História.

E finalmente ele, meu companheiro, meu namorado, meu marido Raimundo, vulgo KK. Ele sintetiza tudo aquilo que eu sempre quis em um pai: ele é companheiro, amoroso, carinhoso, tem um senso de preservação do espécime Maria Antonia que beira a loucura, mas sabe chamar a atenção dela para suas peraltices e teimas. E ela o ama, ela se sente protegida em sua presença, em simplesmente saber que ele existe e como ela proclama: - Ele é meu! É mi papai!

Meu lado mãe se sente realizado, pois consegui fazer aquilo que me prometi a muitos anos: que eu não teria filhos enquanto não achasse um Homem que fosse um pai. Meu lado filha se ressente as vezes, pois com essa relação dos dois tão próxima, percebo o que é ter um pai só seu e sinto uma pontadinha de ciúmes. Mas meu lado racional sempre vem conversar comigo, fica a leu dado, põe a mão em meu ombro e me diz: - Pense pelo lado positivo das coisas, se você tivesse um pai biológico não teria conhecido todos esses homens maravilhosos que fizeram parte da sua vida, não é verdade?


E antes de ir embora ela olha pro Raimundo, pra Maria Antonia e diz: - Ainda bem que é menina. Já viu se ao invés de homenagear as avós fosse homenagear os avôs?

quarta-feira, 11 de março de 2015

Momento literário 2


CAPÍTULO 2


Estava descendo a Rua Coronel Collares Moreira, rumo a Rua Nina Rodrigues1. Sua avó sempre dizia o nome das ruas, todos eles, ao debruçar-se sobre a janela, com sua almofadinha, bordada a mãom com suas iniciais. Ela ficava posicionada ali por horas, enquanto Chica fazia todo tipo de quitutes e guloseimas na cozinha.
Ela me dizia os nomes das ruas do Centro, seus segundos nomes, o porque da mudança. Ao recordar de sua mocidade e dos fantasmas que agora a visitavam, lembrava dos tempos de normalista no Rosa Castro, dos rapazes do Centro Caixeiral, dos encontros para tomar sorvete na Sorveteria Elefantinho.
Lembro-me de descer essas duas ruas por onde caminho com ela me dizendo que os nomes da Paz e do Sol, respectivamente, eram mais bonitos que os pomposos, com nomes de homens importantes, já muito esquecidos, da nossa história. Ela nunca gostou de História, dizia que era perda de tempo tentar achar alguma explicação no passado, preferia a Matemática!
Continuo caminhando, até chegar na Igreja de São João Batista. Do outro lado, a Faculdade de Farmácia, com sua escadaria que chora ou algo assim, não me lembro da lenda direito. Do outro lado da rua o prédio, agora azul e branco, com os símbolos maçons que contavam ter sido da família Beckman. Finalmente chego a Livraria Athena! Vim comprar um livro para minha mãe sobre jardinagem, algo que ela tem por hobbie em seu tempo livre.
Começei a andar por entre as estantes e observar as prateleiras, quando percebi que começava a chover lá fora e, de repente, senti alguém simplesmente esbarrando com muita força em mim. Juro que minha primeira vontade foi de xinga a pessoa, mas assim que olhei para ele vi um homem muito bonito. Deveria estar na casa dos 30 anos, com a pele clara, cabelos e olhos castanhos, um sorriso muito bonito, mãos fortes, mas suaves. Para não demonstrar meu interesse imediato por ele disse-lhe, fingindo-me indignada:
_ O senhor é louco? Acaso não me viu aqui? Poderia ter-me machucado sério, sabia?
Depois disso, começamos a conversar amenidades. Ele, para se desculpar me pagou um livro o qual eu estava namorando a vários meses, toda vez que eu ia até aquela livraria, mas ainda não havia comprado por falta de dinheiro. Se apresentou a mim como Carlos e se ofereceu para almoçar comigo. Apesar do meu interesse, sair para comer com alguém desconheçido assim era meio estranho para mim, então me lembrei que minha melhor amiga trabalhava logo lá embaixo, no MHAM.
Caminhamos até lá conversando, quando fui surpreendida por minha amiga que puxou assunto com o rapaz em questão que, ao vê-lo, sorriu dizendo:
_ Carlos, a quanto tempo, heim? – Ela falou.
_ Cris? Não pode ser. É você mesma? – Ele Exclamou.
(...)
_ Pois é, né pessoal. Eu estou aqui. Olá! – Disse-lhes, ao ver os dois em um abraço cúmplice.
_ Oi. – Respondeu Cris. _ É que a muito tempo não vejo esse cara. Onde o encontrou Tayná?
_ Não foi um encontro, foi um ENCONTRÃO! – Disse.
Nesse momento ele soltou um sorriso e começou a explicar a ela sobre o nosso Encontrão. Ao citar que eu havia marcado um almoço com ela, Cris me olha com um olhar que queria dizer: “_ Como?”. Porém, ela me ajudou dizendo que sim, que ela havia marcado comigo e que iamos almoçar em um restaurante na Praia Grande.
Ela sabia que eu amava aquele restaurante, então nos encaminhamos, os três, para a Praia Grande para almoçar, no caminho ela me puxou discretamente para si e perguntou:
_ Você pode me dizer o por que eu marquei um almoço com você e não sabia? – Disse ela. _ Depois eu te explico, viu? – Falei.


1 Os nomes foram tirados do livro de Carlos de Lima.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Momento Literário!

Por esses dias, após o stress de andar várias vezes sob a Barragem do Bacanga (por que depois disso qualquer coisa é moleza!), resolvi ler e escrever algo. Eis que, inspirada por Minha irmã Perla Alvez e minhas amigas Cristiane Meireles e Tayná Cuba, escrevi isso que ainda não sei o que é de fato, mas sei que tem doze capítulos!
Ajudem com o título, por que eu também não pensei nisso!


Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é só coincidência!


CAPITULO 1

Era noite em São Luis!
Como todo período de inverno, chovia muito, sentia-se o cheiro de terra molhada no ar, propiciado pela areia que ficava depositada entre as frestas dos paralelipípedos. Era uma das vantagens e desvantagens de morar no Centro da cidade: o calçamento de paralepípedo.
Ele olhava através da janela os pingos da chuva molhando os telhados com estilo colonial. Dias de chuva eram sempre úmidos. Em especial para ele, esses dias sempre traziam uma sensação ruim, de solidão e tristeza. O silêncio que vinha da casa foi quebrado quando ouviu um apito: era a chaleira. Nada melhor do que um chá quente para espantar o frio do inverno.
Tomar chá tornou-se um habito para ele, desde que começou seu relacionamento com Tayná. Ela adorava tomar chá com biscoitos quando chovia e ele adorava agradá-la. Enquanto preparava seu chá lembrou-se de como a tinha conhecido: Era Março e como chovia!
Apesar de chover todo santo ano na cidade, as pessoas ainda teimavam em não sair com seu equipamento e segurança nesse período: um bom guarda-chuva. E ele não era diferente, havia-o esquecido na Biblioteca Pública Benedito Leite, provavelmente estava no guarda-volumes saíra com tanta pressa que nem ao menos se lembrou dele, mas a culpa também era do tempo, pensava, afinal quando saiu à porta da BPBL, o sol estava ali, a mostra. No entanto, quando começou a caminhar, cruzando a Praça do Panteon, atravessando a Rua Rio Branco, até a Praça Deodoro, descendo para a Rua do Sol. O tempo então mudou, começou a nublar e antes que houvesse avistado a livraria, o temporal desabou. Chegou quase encharcado dentro da Livraria Athena e sem levantar a vista percebeu que esbarrara em alguém, instintivamente ele disse:
_ Desculpe, eu não lhe vi! Perdoe-me. – Ao levantar os olhos para a pessoa com a qual havia dado o “encontrão”, enquanto a segurava para que ambos não caíssem, tamanha força do contato viu uma bela mulher. Sua pele amendoada, olhos e cabelos pretos, esses amarrados em um coque bem alinhado. Suas belas mãos, finas e delicadas, seu corpo esguio, seu belo porte, o deixaram naquele instante extasiado, saiu de nossa realidade, só percebia ela no ambiente, mas foi tirado de seu transe, por uma voz doce, suave, no entanto firme, dizendo:
_ O senhor é louco? Acaso não me viu aqui? Poderia ter-me machucado sério, sabia? – Olhava ela para ele indignada.
_ Desculpe-me novamente. A culpa é da chuva, ela veio sem aviso, corri para me abrigar! – Ele disse. _ Prazer, meu nome é Carlos! – Rindo, meio sem graça pelo acontecido e estendendo-lhe a mão.
Ela olhou para sua mão e para seu rosto e um pouco reticente apertou-lhe a mão dizendo: _ Não sei é um prazer para o senhor, mas levar esbarrões não fazem parte do meu itinerário. Meu nome é Tayná.
_ Você gosta de música? – Ele perguntou.
_ Não, não gosto, na verdade eu amo música, estudo Violão Celo na Escola de Música, lá na Praia Grande. Conhece?
_ Sim conheço. Moro por aqui, conheço tudo nesses arredores. Do Monte Castelo à Praia Grande...
_ Mas porque me perguntou? Como percebeu que eu “gostava” de música? – Ela disse.
_ Pelo caderno em sua mão. E pelo livro na outra. Se interessa pela História da Música Erudita?
_ Sim. E o Senhor? – Ela rebateu.
_ Um pouco. Prefiro, na verdade, Roberto Carlos. Sofro até um preconceito por isso. – Ele disse.
Era a primeira que vez riam. E ao ouvir seu sorriso, ele se encantou mais ainda por ela.
_ Bem, acho que devo me redimir com você. E para isso eu vou pagar seu livro, está bem? – Ele disse.
_ Desculpe, mas não posso aceitar. – Ela respondeu.
_ Por favor, não vou conseguir me sentir bem se eu não puder fazer esse gesto de boa vontade. Além do mais também vim comprar um livro, então...?
_ Tudo bem então, mas só pra ver se você me deixa em paz! – Ela disse sutilmente, soltando outro sorriso.
_ Psiu!!! – Ele chamou a atendente. _ Querida, bom dia. Você poderia me dizer me minha encomenda já chegou. – Dizendo isso, ele passou um pedaço de papel para ela, que prontamente, sorriu e acenou com a cabeça, dizendo: _ Vou verificar, só um instante. – Disse ela se afastando. Dali a alguns instantes, a atendente trouxe alguns livros, colocando-os sobre a mesa. Logo começou a fazer o calculo, dizendo:
_ São R$ 250,00.
_ Coloca mais esse – tirando o livro das mão da mulher a sua frente – E passa no cartão, muito obrigado. – Disse ele retirando um cartão de crédito da carteira e entregando à atendente.
Enquanto a atendente se afastava, os dois ficaram em silêncio. Ela se encaminhou a seção de Artes, observando os livros atentamente. Pela primeira vez, dentro daquela livraria ele não iria fazer um tour pelas estantes. Tinha algo melhor pra olhar do que os livros. Ele foi se aproximando dela e começou a puxar assunto enquanto fingia se interessar por um livro qualquer que ele retirou da estante.
_ Depois daqui você vai fazer o quê? – Ele perguntou.
_ Vou encontrar com uma amiga que trabalha no Museu aqui em baixo e vamos juntas almoçar. Isso se a chuva para não é? Afinal, por causa da chuva alguém pode me dar uma outra ombrada, não é mesmo? – Disse ela, ironizando.
_ Eu posso me convidar para esse almoço? – Ele falou. Era a primeira vez que ele dava uma de oferecido.
_ Bem, você pode até ir. Mas eu não vou pagar o seu almoço, viu? Nós vamos almoçar lá na Praia Grande, em frente a Padaria do francês, sabe onde fica? – Ela perguntou.
_ Sim, eu sei. Vou descer com você e lhe faço companhia até o Museu, está bem? – Nesse momento, a atendente veio com duas sacolas, entregam a ele, junto com a nota e o cartão. Ele sorri, agradecendo.
Ele põe a mão nas suas costas, sentindo sua pele ligeiramente fria sob a blusa de alça cinza com uma rendinha no decote. Sentiu-se indelicado, mas não pode deixar de notar seu colo, era muito bonito. Foi absorvido novamente por ela, não percebendo que estavam andando em direção ao Museu Histórico e Artístico do Maranhão.
Ao chegar em frente ao MHAM foi trazido de volta à Terra por uma voz conhecida que, ao vê-lo, sorriu dizendo:
_ Carlos, a quanto tempo, heim? – Ela falou.
_ Cris? Não pode ser. É você mesma? – Ele Exclamou.


Em Breve... CAPÍTULO 2!



quarta-feira, 22 de junho de 2011

As invenções humanas e a criatividade divina!

Estava outro dia, outro dia mesmo com minha amiga Cristiane, na UFMA, discutindo com outro amigo nosso de curso, Maílson, acerca de como estão ficando, no mínimo, extremo a relação sexual entre os seres humanos. Os esteriótipos que aprendemos a querer e desejar estão ficando cada vez mais em extinção e, em contrapartida, estar dominando um tipo de homem, digamos, mais sensível.

Segundo algumas mulheres (podem ser chamadas de meninas, mas elas não gostam, portanto, a partir dessa perspectiva, você percebe que ainda não chegaram nos 30 anos!), esse homem seria o tipo ideal. Não posso afirmar com certeza se seria o mesmo tipo ideal utilizado por Max Weber, nem se ele se interessaria pela temática, ou seja, ficar em uma mesa de bar e falar de homem a cada intervalo de assuntos diversos, como política, Economia, Sáude, entreterimento, esportes (pois é, ao contrário do que muitas pessoas pré-conceituosas costumam crer, mulheres falam de outros assuntos que não só homens).

Ao falar do homem másculo, aquele típico dos anos 80 que, como o Homem Mosca, cuspia ácido de tão macho é, semdúvida alguma, um animal raro e em extinção. E o pior: não se reproduziram. Assim como  os gremlins que ao pegar um pouco de água no fofinho original dava inícioa uma cadeia de eventos que desencadiaria naquelas criaturas bizarras, porém com um charme único deles, deixando um vazio existencial. Dizia um professor meu (Adroaldo Almeida) que "os homens entraram em crise quando as mulheres entraram em crise". Essa hipótese levantada pelo mesmo dava conta do fato de, tendo tudo que anteriormente seria gerido pelo provedor da casa, ou seja, o homem, a mulher já não precisa mais dele financeiramente falando e para as outras coisas de que se precisa um homem, ou seja, sexo, nos tornamos mais exigentes.

Queremos sentir prazer, gozar, nos divertir no ato. Que seja um ato em dupla e não sozinho, que só um curte o que rola (ou rôla, que seja! O verbo não muda o prazer.). Afinal, se fosse pra fazer sozinho, tem punheta, siririca e consolo pra isso mesmo! Como sintetizam os Velhas Virgens,

Mas com essa timidez
Só o que rola entre nós
É siririca baby
Siririca baby
A gente se come com os olhos
Não rola nada
Só bronha e siririca


O homem, com o seu papel de provedor, de machão, de bom de cama (mesmo sendo uma merda, pois ao que parece o cronometro masculino conta qualidade por qauntidade. Uma pena!), sendo invertidos, entrou em crise. Passou a tentar entender as mulheres, uma dupla furada para ele, posto que, fazendo uma enquete com o público-feminino de amostragem dos corredores de história da UFMA constatou-se que,
  1. Nem as mulheres se entendem!
  2. Não rola um único pensamento que seja unânime entre elas: de arcabouço teórico e operacionalização da teoria na sua prática historiográfica a tipo de homem e posição sexual, elas diferem em opções, que por sinal são múltiplas (mais a segunda do que a primeira, por sinal!).
  3. Se eles fizessem conosco só o que eles gostam e não o que eles querem, como memninos mimados e/ou sem imaginação já ajudaria também!



Está dado aqui somente algumas dicas de como operacionalizar com esse conceito homem/mulher nos dias atuais, bem como um aceno de saudade e volte logo! pros antigos modelos de homem.

sábado, 21 de maio de 2011

OLHOS DE COBIÇA: a coisificação do ser humano.

Em um mundo, uma existência, em que todos passam seus dias dentro da lógica do consumo, na lógica do ter-para-ser (e se você acredita estar imune a isso, faça um exercício de reflexão acerca do que você tem, do que você quer e principalmente, da necessidade de possuir essas coisas, então você perceberá que, "está plugado" como todo mundo aqui!). Dentre todas essas lógicas, o mecanismo principal utilizado é o desejo, a cobiça, para muitos intríseca ao próprio ser humano.

Os olhos começam que, por mágica, a ter vida e a dominar todos os sentidos. Seu corpo obedece somente aquilo que vê, que toca e que, por conseguinte, acredita concretamente que sente também. Mas esse órgão, talvez, seja o que menos sente e por isso domina os demais. Ainda existem aqueles cujo gosto, para muitos seria peculiar, para não dizer exótico ou até mesmo esdrúxulo.

Os meus, por exemplo, cobiçam a tudo e a todos, estão completamente inseridos, mesmo míopes, na lógica do mercado. Esses todos inserem todos mesmo, apesar de consumir somente os indivíduos do sexo masculino, isso não me impede, nem nunca me impediu de observar uma bela mulher. Mas eles perseguem a quase todo indivíduo e como minha imaginação é demasiadamente fértil, quase sempre o consumo ali mesmo, sem o próprio nem se dar conta e ainda o olho daquela forma. "- Foi bom pra você?" O gosto, assim como tudo que possa ser inerente ao ser humano, é subjetivo. Portanto, os meus são resultado de toda a carga de subjetividade que constitui o meu eu.